Scarlatti voltou muitas vezes à quinta e pedia que não parassem o trabalho; ali, tocava o cravo.
Lisboa está atormentada por uma grande doença, oriundo de uma nau vinda do Brasil e pelos sinais que dá é vómito negro ou febre amarela. O padre pede à Blimunda que vá à cidade e recolha as vontades das pessoas. É assim que ela, em jejum, durante um dia inteiro se põe a recolher tais vontades. Em primeiro lugar, Blimunda visitou os agonizantes. No primeiro dia recolheu 24 vontades. Nesta epidemia morreram 4 mil pessoas em 3 meses. Um mês depois, são mais de mil vontades presas ao frasco em que Blimunda as recolhia. E quando a epidemia terminou, ela tinha aprisionado duas mil vontades. Foi então que caiu doente. Nada a curava da extrema magreza; mas um dia, Scarlatti pôs-se a tocar e ela abriu os olhos e chorou. O músico veio, então, todos os dias, quer fizesse chuva ou sol; e a saúde de Blimunda voltou depressa.
Um dia, Baltasar e Blimunda vão a Lisboa e encontram Bartolomeu doente, magro e
Desmazelado de traje. Parecia ter medo de algo. O padre Bartolomeu Lourenço tinha que informar el-rei que a máquina estava construída, mas antes disso queria experimentá-la.