quarta-feira, 8 de junho de 2011

Capítulo XII

O filho mais velho de Inês Antónia e Álvaro Diogo morreu há três meses de bexigas; Álvaro tem a promessa de conseguir emprego na construção do convento; Marta Maria sofre de dores terríveis no ventre. João Francisco está infeliz porque o seu filho, Baltasar, partirá novamente para Lisboa, e o convento dará trabalho a muitos homens em Mafra. Blimunda foi à missa em jejum e viu que dentro da hóstia também havia a tal nuvem fechada, chamada de vontade dos homens.

O padre Bartolomeu de Gusmão escreve de Coimbra e diz ter chegado bem, mas agora viera uma nova carta para que seguissem para Lisboa "tão cedo quanto pudessem". Partiram em dois meses, porque o rei vinha a Mafra inaugurar a obra do convento. Sete-Sóis e Blimunda conseguiram lugar na igreja. No dia seguinte formou-se a procissão, o rei apareceu. A pedra principal foi benzida; foi tanta a pompa que gastaram-se nisso duzentos mil cruzados. Baltasar e Blimunda partiram para Lisboa. A mãe Marta Maria despede-se do filho dizendo que não o tornará a ver. Blimunda e Sete-Sóis dormem na estrada, por fim chegaram à quinta onde esperariam o padre voador. Mal lá chegaram, choveu.