quarta-feira, 8 de junho de 2011

Capítulo X

Baltasar e Blimunda chegam a Mafra a casa dos pais de Baltasar, mas só encontram sua mãe em casa; o pai foi trabalhar. Sua mãe fica chocada por ver seu filho e ver que tinha perdido a mão. Blimunda fica entre portas a espera que seu marido chame para conhecer a sua nova família. Ela entra e fica a falar um pouco com a sua sogra.

No fim do dia chega o seu pai João Francisco e conversam sobre o que tinha acontecido na guerra. Blimunda fala um pouco sobre a sua família e a uma dada altura diz que sua mãe foi degredada porque a tinham denunciado ao Santo Oficio. O pai de Baltasar fica preocupado, porque pensa que ela é judia ou cristã nova, mas Baltasar diz ao seu pai que sua sogra tinha sido degredada por ter visões e ouvir vozes, diz ainda que pretendem ficar em Mafra e que estão a pensar em comprar casa. Seu pai conta-lhe que vendeu as terras que tinha na vela, ao rei, porque queria construir um convento de frades.

João e Sete-Sois foram à salgadeira e tiraram um bocado de toucinho, que dividiram em quatro tiras e colocaram uma em cada fatia de pão e distribuíram por todos. Ficam a olhar Blimunda para verem se ela come a sua fatia, seu pai já podia tirar sua dúvida se ela era ou não judia, mas ela come-a e assim o sogro fica mais descansado. Baltasar diz a seu pai que precisa de arranjar um emprego para si e para sua mulher, todos ficaram com dúvidas se ele conseguiria arranjar trabalho devido à falta da mão.

No outro dia, conheceram a nova parente, Inês e seu marido que falaram sobre a morte do filho do el-rei e do seu filho que está doente. Baltasar caminha sobre as terras da vela e relembra os momentos que ali passou, encontra o seu cunhado e conversa sobre o convento que ali se construirá, e sobre os frades que irão vir viver para ali. Ao chegar a casa encontra sua mãe a falar com sua mulher sobre a rainha que agora visita muitas igrejas e muitos conventos onde reza pelo seu marido que está muito doente. D. Maria fica em Lisboa a rezar enquanto seu marido se acaba de curar naqueles campos de Azeitão, onde os franciscanos da Arrábida estão a assistir. O infante D. Francisco sozinho em Lisboa tenta fazer a corte a sua cunhada deitando contas à morte do rei. D. Maria diz-lhe que seu marido ainda não morreu e que não pensa em se casar de novo.